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Malasartes. Cadernos de Literatura para a Infância e a Juventude, n.º 17

Autor: José António Gomes (proprietário)

Año de publicación: abril 2009

Páginas: 91

Malasartes. Cadernos de Literatura para a Infância e a Juventude, n.º 17

Bases de datos que recogen esta revista:

  • REBIUN
  • PORBASE (Base Nacional de Dados Bibliográficos de Portugal)
  • Casa da Leitura
  • CEPLI (Centro de Estudios de Promoción de literatura Infantil. Univ. Castilla-La Mancha)
  • ISSN Portal
  • Latindex
  • Dialnet
  • MIAR

Editorial:

Os chamados novos temas e os géneros emergentes (pelo menos na produção literária e editorial portuguesa para crianças) constituem um dos aspectos em realce neste novo número de malasartes. Entre, por um lado, as questões da multiculturalidade, da defesa do património natural e da homossexualidade (vejam-se as análises do último livro de Manuela Bacelar e, na secção de recensões, da obra Titiritesa, de Xerardo Quintiá e Maurizio A. C. Quarello) e, por outra parte, os novos álbuns portugueses da Planeta Tangerina, há todo um percurso de leitura a fazer neste número que esperamos proporcione aos mediadores de leitura uma reflexão pertinente e oportuna sobre os caminhos mais recentes da literatura para a infância.

Uma literatura que quase nunca vive sem a ilustração. Daí que artigos como os dedicados a «customización de ilustracións» (uma interessante análise e, em simultâneo, uma sugestão de trabalho para mediadores, incluídas na secção Práticas) e às já mencionadas produções da Planeta Tangerina e de Manuela Bacelar venham sublinhar o relevo crescente de que se reveste esta dimensão do livro infantil, bem como a necessidade de pensar seriamente o desenvolvimento da literacia visual nos mais jovens.

Os novos autores e ilustradores de literatura infantil em língua portuguesa (Rita Taborda Duarte, Ondjaki, Luís Henriques) e um clássico contemporâneo da literatura galega (Antonio García Teijeiro, poeta e ficcionista que já era tempo de ver traduzido para portugués) merecem também destaque neste número.

E, como não é possível entender o presente sem conhecer a tradição e revisitar caminhos antes trilhados, incluem-se também dois artigos de particular interesse na secção Referências. Por um lado, o dedicado aos 20 anos da colecção galega «Merlín» - que abriu portas a tantos autores e ilustradores que hoje se contam entre os mais influentes da literatura infantil e juvenil galega, além de ter editado escritores portugueses, como António Torrado, Manuel António Pina e Álvaro Magalhães. Por outro lado, registe-se o artigo centrado no Tesouro Poético da Infância, uma das primeiras antologias portuguesas de poesia destinada à infância que se publicaram em Portugal, ainda no século XIX.

As habituais secções de recensões críticas de livros infantis e juvenis em português e em galego e outras matérias de interesse completam este décimo sétimo número de malasartes. Assim se mantém vivo um dos principais propósitos da revista: fazer chegar a estudiosos e a mediadores de leitura informação e análises actuais sobre a produção literária preferencialmente destinada aos mais jovens.