
Bases de datos que recogen esta revista:
- REBIUN
- PORBASE (Base Nacional de Dados Bibliográficos de Portugal)
- Casa da Leitura
- CEPLI (Centro de Estudios de Promoción de la Lectura y Literatura Infantil. Univ. Castilla-La Mancha)
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- Latindex
- Dialnet
- MIAR
Editorial
O presente número de Malasartes é duplo e, com ele, procuramos preencher os espaços dos números de abril e de outubro. Razões relacionadas com apoios ao financciamento da revista, com a circunstância da não podermos contar ainda com un número suficiente de assinantes e com o facto de alguns não renovarem as assinaturas – não raro por esquecimento- fazem com que os dias de uma publicação deste género nem sempre sejam fáceis e obriguem a momentos de balanço e de relançamento com novas propostas. A estas dificuldades juntam-se, é claro, os efeitos da crise, sobre cujas consequências na vida de todos nós, e em particular na atividade cultural, não vale a pena aquí dissertar, por serem por de mais conhecidas.
Além das numerosas matérias de interesse que ocupam este número –diferente na forma e nos conteúdos- e que vão da homenagem que quisemos prestar a Matilde Rosa Araújo (personalidade inesquecível da nossa literatura para a infância que, em 2010, nos deixou) à questão do álbum, passando pela narrativa juvenil e os seus (novos) temas, pela presença do haiku na poesia para crianças, pelas recriações do conto popular, pela chamada literatura de fronteira, pela atenção a obras clássicas e referenciais –a que importa sempre regressar-, Malasartes apresenta novidades que merecem realce, a par dos habituais artigos de reflexão sobre práticas de promoção da leitura (que, neste número, são dois).
Pela primeira vez, apresenta-se uma panorâmica de uma literatura escrita em idioma minoritário –a lingua basca- que importa conhecer, divulgar, traduzir. Recorde-se aquí que um dos poucos exemplos de obras desta literatura traduzidas para português é o conhecido Mémorias duma Vaca (Lisboa: Terramar, 1999), do grande escritor contemporâneo Bernardo Atxaga. É altura de regressar a este livro e de descobrir outros nomes e outras experiências no quadro de uma produção que se tem internacionalizado aos poucos e cuja vitalidade é notória, tanto na escrita como na ilustração.
Outro aspecto novo é a circunstância de, aos artigos e recensões escritos em galego e em português (variantes portuguesa e brasileira),s e juntar agora alguma colaboração escrita em castelhano –o que significa uma maior internacionalização da revista e um reforço da su vertente multicultural e plurilinguística.
Registe-se, por último, o apoio a Malasartes por parte da CEU –Escuela Universitaria de Magisterio, prestigiada instituição de formação de professores de Vigo, sustentáculo relevante que honra a revista e o seu projeto. Um projeto que tem, justamente, nos professores do Ensino Básico, nos educadores de infância e nos estudantes destas áreas do saber um dos seus públicos privilegiados.
A terminar, um apelo: mais do que nunca, Malasartes necessita de divulgação, de cativar assinantes que ajudem a superar dificultades de percurso, de conquistar leitores para a causa da crítica e do estudo da literatura oara crianças e jovens. E isto na esperança de que em especial as bibliotecas públicas, as bibliotecas escolares e universitárias, as editoras e outras instituições de mediação possam encontrar nesta revista um meio de informação útil e uma ferramenta de intervenção imprescindível, e de qualidade, para o trabalho de promoção da leitura que desenvolvem.